O comboio ART (Autonomous Rail Rapid Transit) representa uma revolução nos transportes públicos. Lançado na cidade de Yibin, na província de Sichuan, este comboio autónomo é um marco na mobilidade urbana.
Sem condutor e sem carris tradicionais, o ART utiliza um sistema de carris virtuais, marcados no asfalto, que são detectados por câmaras e sensores avançados, incluindo a tecnologia LIDAR.
A tecnologia LIDAR é fundamental para o funcionamento do ART. Este sistema, que tem sido crucial no desenvolvimento de veículos autónomos, permite que o comboio detecte e navegue com precisão nas suas imediações. A combinação do LIDAR e do GPS guia o comboio ao longo do seu percurso, marcado pelos carris virtuais de 3,75 metros de largura. O que significa isto para o futuro dos transportes urbanos? Uma revolução em termos de eficácia e de custos.
Com uma extensão de 17,7 quilómetros, a linha T1 de Yibin pode transportar mais de 10.000 utilizadores por dia. Equipado com baterias de grandes dimensões, este comboio pode transportar mais de 300 passageiros e atinge velocidades até 70 km/h. Poderá isto transformar a mobilidade nas cidades congestionadas?
O aspeto mais impressionante do ART talvez seja a sua relação custo-eficácia. Em comparação com os 150 a 200 milhões de yuan por quilómetro (cerca de 25 milhões de euros) que custa um elétrico, o ART reduz significativamente esses custos para 50 a 100 milhões de yuan para a mesma distância. Isto torna-o não só mais acessível para as cidades que pretendem modernizar as suas infra-estruturas de transportes, mas também mais sustentável a longo prazo.
O comboio ART da China é um indicador claro do rumo que os transportes públicos estão a tomar. Autónomo, eficiente e económico, o ART mostra como a tecnologia pode transformar a forma como nos deslocamos nas cidades. Será este o início de uma nova era nos transportes urbanos? Só o tempo o dirá, mas uma coisa é certa: o ART está a liderar o caminho.