O Comboio sem Carris que muda tudo

25 janeiro, 2024

Descubra como a China está a redefinir os transportes públicos com o comboio ART: um sistema autónomo, eficiente e sem carris. 🚆 Veja mais de perto esta inovação que promete mudar as nossas cidades.

ART IRT tren sin raíles.

O comboio ART (Autonomous Rail Rapid Transit) representa uma revolução nos transportes públicos. Lançado na cidade de Yibin, na província de Sichuan, este comboio autónomo é um marco na mobilidade urbana.

Sem condutor e sem carris tradicionais, o ART utiliza um sistema de carris virtuais, marcados no asfalto, que são detectados por câmaras e sensores avançados, incluindo a tecnologia LIDAR.

A tecnologia LIDAR é fundamental para o funcionamento do ART. Este sistema, que tem sido crucial no desenvolvimento de veículos autónomos, permite que o comboio detecte e navegue com precisão nas suas imediações. A combinação do LIDAR e do GPS guia o comboio ao longo do seu percurso, marcado pelos carris virtuais de 3,75 metros de largura. O que significa isto para o futuro dos transportes urbanos? Uma revolução em termos de eficácia e de custos.

Com uma extensão de 17,7 quilómetros, a linha T1 de Yibin pode transportar mais de 10.000 utilizadores por dia. Equipado com baterias de grandes dimensões, este comboio pode transportar mais de 300 passageiros e atinge velocidades até 70 km/h. Poderá isto transformar a mobilidade nas cidades congestionadas?

O aspeto mais impressionante do ART talvez seja a sua relação custo-eficácia. Em comparação com os 150 a 200 milhões de yuan por quilómetro (cerca de 25 milhões de euros) que custa um elétrico, o ART reduz significativamente esses custos para 50 a 100 milhões de yuan para a mesma distância. Isto torna-o não só mais acessível para as cidades que pretendem modernizar as suas infra-estruturas de transportes, mas também mais sustentável a longo prazo.

O comboio ART da China é um indicador claro do rumo que os transportes públicos estão a tomar. Autónomo, eficiente e económico, o ART mostra como a tecnologia pode transformar a forma como nos deslocamos nas cidades. Será este o início de uma nova era nos transportes urbanos? Só o tempo o dirá, mas uma coisa é certa: o ART está a liderar o caminho.

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