Nova York implementará IA no metrô para antecipar comportamentos delituosos

1 maio, 2025

As autoridades nova-iorquinas exploram o uso de inteligência artificial para melhorar a segurança no metrô, um projeto que desperta tanto interesse quanto polêmica.

Nova Iorque está prestes a dar um passo em direção a um futuro onde a inteligência artificial se torne uma ferramenta chave para a segurança pública? As autoridades da cidade estão considerando seriamente a integração de sistemas de IA no metrô com o objetivo de prever e prevenir atos criminosos.

Esse tipo de iniciativa não é nova e tem provocado debates intensos em várias partes do mundo. Na França, por exemplo, o uso da videovigilância algorítmica durante os Jogos Olímpicos de 2024 foi objeto de controvérsia e, de fato, foi legalmente impedido pelo Conselho Constitucional. No entanto, do outro lado do Atlântico, a Metropolitan Transportation Authority (MTA) de Nova Iorque parece avançar sem hesitações nessa direção.

Novas propostas de segurança no metrô

A MTA está trabalhando em um sistema que poderia ser considerado uma forma de “prevenção preditiva”. Essa abordagem busca identificar comportamentos que poderiam levar a situações perigosas ou criminosas. O diretor da MTA, Michael Kemper, explicou que se um passageiro mostrar ações que são consideradas irracionais, isso poderia ativar um alerta que mobilizaria as autoridades de segurança ou a polícia.

Essa ideia, que lembra o filme de ficção científica Minority Report, levanta a questão de até onde se pode chegar na vigilância e no controle social. No entanto, Kemper assegura que não se trata de uma simples fantasia, mas de um projeto em que estão sendo realizadas pesquisas ativamente com o apoio de empresas de tecnologia.

Compromisso com a privacidade

Apesar da empolgação que envolve esse projeto, há um aspecto que tem gerado preocupação: o reconhecimento facial. Muitos temem que a implementação da IA na vigilância possa implicar uma invasão da privacidade. No entanto, as autoridades tranquilizaram a população ao afirmar que o sistema em desenvolvimento não se baseará na identificação de indivíduos. O porta-voz da MTA, Aaron Donovan, enfatizou que a tecnologia se concentrará em identificar comportamentos em vez de pessoas específicas, o que representa uma abordagem mais ética e respeitosa da privacidade.

Com isso, Nova Iorque poderia marcar um novo rumo na integração da inteligência artificial na vida urbana, onde a segurança e a privacidade devem encontrar um delicado equilíbrio. Enquanto isso, o mundo observa atentamente como essas inovações se desenvolvem na Grande Maçã.

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