Mark Pollard, um reconhecido autor australiano na área de marketing, enfrentou um revés inesperado em sua viagem para Chile. Ao seguir as recomendações do ChatGPT sobre os requisitos de visto, ele se viu bloqueado no aeroporto, o que lhe custou a oportunidade de participar de uma importante conferência.
Confiante na inteligência artificial, Pollard consultou o ChatGPT sobre se precisava de um visto para sua breve estadia no país sul-americano. A resposta do chatbot foi clara: não era necessário. No entanto, ao chegar ao aeroporto, a situação era muito diferente: ele percebeu que deveria ter tramitado um visto eletrônico antes de sua viagem.
O impacto da desinformação nas viagens
A experiência de Pollard se tornou viral nas redes sociais após ele compartilhar sua história em um vídeo que acumulou mais de 1,5 milhões de visualizações no Instagram. Em sua publicação, o autor detalhou como havia decidido confiar na inteligência artificial para responder a uma pergunta tão crucial quanto os requisitos de entrada em um país.
Infelizmente, a afirmação do ChatGPT resultou ser incorreta. Ao chegar ao aeroporto, a realidade o atingiu: o visto era uma necessidade para os cidadãos australianos que desejam ingressar no Chile. Sem esse documento, não apenas lhe foi proibido embarcar no avião, mas ele também perdeu a oportunidade de participar do evento ao qual se dirigia.
Curiosamente, quando meios de comunicação realizaram a mesma consulta ao ChatGPT, o chatbot continuou repetindo o erro inicial. Foi apenas ao indagar sobre a fonte de sua informação que a IA corrigiu sua resposta, admitindo que um e-visa era necessário desde 2020 para os australianos que viajam para o Chile.
Reflexões sobre a confiança na inteligência artificial
Apesar de a OpenAI incluir um aviso em sua plataforma alertando que o ChatGPT pode cometer erros, muitos usuários ignoram esse aviso. Pollard, ao reconhecer seu erro, expressou que deveria ter consultado fontes mais confiáveis como o Google, mas preferiu a simplicidade que o chatbot oferecia. «Os resultados de busca são tão confusos hoje em dia, com tantas publicações patrocinadas… ChatGPT me pareceu mais fácil», comentou.
No entanto, essa comodidade lhe custou caro, já que agora planeja continuar utilizando IA para seu planejamento, mas decidiu não confiar no ChatGPT para assuntos de grande importância. Com sua lição aprendida, Pollard reflete sobre a responsabilidade que temos ao depender da tecnologia para obter informações críticas.